100º episódio de Mentes Criminosas

A verdade é que este episódio foi magnífico e pouco mais há a acrescentar.
A promessa para esta semana era grande já que, ao fim ao cabo, não é qualquer série que atinge este marco. Os actores que não víamos há algum tempo foram convidados a aparecer e já todos esperávamos o concluir do caso do “The Reaper”. Facilmente se percebe que os astros estavam alinhados para se usufruir de uma hora de boa televisão mas, como muitas vezes acontece quando os riscos são elevados, havia também a possibilidade de sair uma aposta furada, especialmente se tivermos em conta outros episódios desta temporada.
Se ao princípio estávamos confusos com aquilo que verdadeiramente tinha acontecido, aos poucos fomos juntando as peças destes 40 minutos de emoções fortes. A investigação é assim em torno de Hotch (Thomas Gibson) e dos acontecimentos que se desenrolaram na perseguição a Foyet (C. Thomas Howell), tudo isto contado pela equipa da BAU. A velocidade foi de cruzeiro, a acompanhar o rápido raciocínio de quem dispõe de pouco tempo para “salvar o dia”. É assim que assistimos, sentados na ponta do sofá, ao fechar do círculo à volta deste assassino em série que não tem uma ponta de piedade e nos deixa sem fôlego pela antecipação do que se espera a seguir.
É nesta espera que percebemos que está a chegar aquilo que ninguém nos preparou para assistir: a despedida de Haley (Meredith Monroe). De um lado temos Hotch numa corrida contra o tempo a ouvir os momentos finais da sua ex-mulher indefesa perante um assassínio que sabe não poder prevenir. Na outra ponta da linha assistimos à descontração de Foyet numa tortura psicológica que nos captura também, sendo neste ponto complicado conter as lágrimas tal é a intensidade da situação. E quando pensávamos que já podíamos dar algum descanso ao coração surge o “herói” que tem apenas em mente a ténue possibilidade de ainda conseguir salvar o seu filho mesmo que isso implique tornar-se no monstro que habitualmente persegue. É com o rolar dos créditos finais que despertamos do estado letárgico em que fomos deixados, sem saber bem o que pensar sem ser que este foi, sem dúvida, o melhor episódio da temporada.

Adaptado de: tvdependente.net